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Unimed-BH On-line n°588

Talks Unimed-BH debate consultórios médicos do futuro

A sétima edição do Talks Unimed-BH movimentou a sede da Cooperativa na terça-feira, 13 de agosto. Com o auditório lotado e mais de mil participantes on-line, o evento trouxe uma série de debates e reflexões sobre tendências, evolução e o futuro da saúde.
 
Em sua fala de abertura, o diretor-presidente da Unimed-BH, Frederico Peret, destacou a consolidação do evento e reforçou a trajetória de inovação na Cooperativa. Cuidar é a essência da Unimed-BH e inovar também. Tenho certeza de que sairemos desse evento com novas visões, avanços, compartilhando ideias para questões comuns. São muitos os desafios, como absenteísmo, equilíbrio econômico, um volume crescente de informações que circulam cada vez mais rápido. Precisamos jogar luz sobre tudo isso para cocriarmos as soluções com ganhos para todos”, comentou.  
 
 
 
  Veja a seguir como foram os painéis do evento.


Painel 1 - Como os consultórios médicos vão se adaptar ao futuro? 


Esse foi o tema do painel de abertura, que reuniu a arquiteta Mariana Chao, Cláudio Mifano, fundador da startup de consultórios médicos Livance, e Paula Englert, da consultoria de tendências Box 1824. O mediador foi o diretor-presidente, Frederico Peret.

Telessaúde, casas conectadas, equipamentos e assessórios de monitoramento, qualidade de vida e conveniência foram alguns dos temas destacados na conversa. “O mercado de saúde vai muito além do não estar doente. As pessoas estão cada vez mais ativas no autocuidado e esse desejo por bem-estar e vida saudável traz novos desejos e necessidades. É a união de tecnologia, comportamento e conveniência que irá ditar as mudanças dos modelos atuais de negócio e atendimento”, explicou Paula Englert.

Atuar nesse novo mercado vai exigir  uma forma de atendimento com diferentes níveis de complexidade”, acrescenta Mariana Chao. A arquiteta utiliza o exemplo dos bancos para ilustrar o que podemos esperar de um sistema de atendimento médico no futuro. “Há alguns anos, contávamos apenas com as agências físicas para realizar qualquer serviço. Vieram os caixas eletrônicos, o atendimento telefônico e hoje já temos uma agência completa no celular, por meios dos aplicativos. Na saúde, os hospitais, por exemplo, seguirão como pontos de referência, mas suportados por centros de telemedicina espalhados em diferentes locais e o monitoramento dentro de casa, por meio de aparelhos e robôs. Isso proporciona grande conveniência ao paciente, que pode contar o serviço no momento necessário, sem grandes deslocamentos”, explica.

Cláudio Mifano reforçou, durante sua participação no Talks, que a inovação e a tecnologia vão simplificar a atuação do médico e o atendimento ao paciente. De acordo com ele, parte desse movimento já acontece na Livance, que oferece espaços coletivos dedicados à saúde. O modelo oferece uma experiência positiva ao cliente, com consultórios em locais diversos, serviços de apoio como estacionamento, recepção, meios de pagamentos e possibilita ao médico contar com um ambiente agradável, com uma gestão de custo eficiente, sem gasto por tempo ocioso.


Painel 2 - Novas competências digitais para atuação em consultórios

 

O segundo painel teve como convidados Frederico Andrade, da Indigo Hive; Carlos Pedrotti, do Hospital Albert Einstein; e Ricardo Maranhão, da Whitebook. A mediação foi da superintendente Executiva de Relacionamento com o Cooperado e Sustentabilidade da Unimed-BH, Rosana Chaves, que também anunciou uma grande novidade: o evento deste ano é Carbono Neutro, ou seja, toda a emissão de gases do efeito estufa gerados pelo evento será compensada com a compra de créditos de carbono.

 

Ricardo Maranhão destacou que, cada vez mais, a educação dos médicos vai focar no letramento digital, ensinando ciência de dados, big data, ética digital e prática por meio realidade aumentada. "Tudo isso para capacitar o médico a agilizar seu trabalho utilizando todas as ferramentas do consultório do futuro e poder atender com melhor qualidade, garantido tempo para o que existe de mais humano na prática médica: a atenção plena e o acolhimento", disse.

Carlos Pedrotti, por sua vez, nos lembrou que o paciente sempre será o motor de qualquer inovação, pois é ele que traz suas necessidades para que possam ser trabalhadas no consultório. Exemplo disso é o crescimento da telemedicina. Nesse cenário, ele destacou que os médicos sêniores aderiram de forma facilitada à telemedicina, contrariando várias teorias de que eles teriam algum tipo de dificuldade.

Painel 3: Desafios na consulta médica: engajamento e experiência do paciente
 

O painel 3 contou com a mediação do Rafael Kenji, do Google Youtube Health/FHE Ventures, e os convidados Bruno Daniel, do Gympass/Wellhub; Fleury Johnson, da Harvard Business School; e Marcos Riva, do HCor. Eles abordaram o papel do paciente no consultório 2030, o engajamento e a experiência do paciente nesse mercado de saúde cada vez mais tecnológico e interativo.

Para Marcos, a experiência do paciente não é só promover momentos memoráveis, e, sim, uma série de atividades para entregar o melhor desfecho para o cliente. Ele abordou também sobre a dificuldade da comunicação do médico e da equipe de enfermagem no momento da alta, o que faz com que o paciente vá para casa sem entender todas as informações necessárias. Para finalizar, Marcos enfatizou a importância da relação médico/paciente. Temos, cada vez mais, o médico com muita tecnologia, o paciente mais consciente e com muita informação, mas ele vai querer olho no olho. Essa relação é fundamental e não creio que vá mudar, comentou.

 

Bruno Daniel trouxe um pouco da sua experiência no Wellhub (antigo Gympass) e deu uma dica para os médicos: A personalização pode ser a principal forma de engajar os pacientes de vocês, para eles terem uma continuidade no atendimento. Ele acredita que o sucesso do Wellhub está na simplicidade de ter na palma da mão a saúde física, mental e nutricional, além de oferecer a atividade física que o usuário mais gosta.

Fleury destacou a importância de os profissionais de saúde aprenderem a lidar com este novo mundo. Os pacientes hoje são pessoas que estão conectadas com informações. Precisamos estabelecer uma boa relação para tomar as decisões de forma compartilhada em relação ao tratamento necessário, o que deixa o atendimento mais humanizado. Não é mais uma decisão só do médico, comenta. 

Outro tema que ganhou destaque foi a importância do médico estar preparado para atender paciente em casos de desastres, como enchentes, queimadas e mudanças climáticas, que causam impacto na saúde das pessoas. Ele reforçou também que o médico precisa estar preparado para a diversidade, inclusão e equidade nos atendimentos.


Painel 4 – Tendências para os atendimentos de saúde nos próximos anos


O gerente de Inovação, Rafael Silva, realizou a mediação do painel que contou com a participação on-line de Isabel Ventura, diretora Adjunta de Digital Innovation & Growth do Hospital da Luz Lisboa (Portugal), e de Marcello Reicher, médico e investidor estratégico do HIGroup Health Innovation.

Isabel, que integra o maior grupo privado de saúde de Portugal, com 29 hospitais e clínicas, abordou como a tecnologia está presente na instituição. “Possibilitamos uma jornada do cliente 100% digital antes mesmo da sua chegada a uma unidade de saúde. Nos casos da demanda assistencial criada em nossas unidades, conseguimos oferecer recursos digitais em seu cuidado."

Marcello Reicher avaliou o cenário de novas demandas do setor a partir do crescimento exponencial do conhecimento médico, principalmente com os recursos de inteligência artificial. “Toda nova tecnologia deve surgir a partir de uma demanda real e não de uma vontade de algo que você acha que precisa existir. Observo, por exemplo, uma tendência de investimentos em recursos de IA para que a análise e o monitoramento dos dados de saúde do paciente permitam identificar a possibilidade do desenvolvimento de problemas de saúde ou doenças em sua fase inicial em um modelo de medicina preditiva.”  

Sobre a entrada de novas empresas no setor de saúde, muitas provenientes de outros segmentos, os convidados concordaram sobre alguns aspectos positivos desse movimento. Afinal, o interesse de outras empresas no setor de saúde gera nas empresas já existentes no ramo um estímulo pela aceleração de novas soluções.

 

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