Acaba de ser lançada uma cartilha que reúne todas as informações sobre os exames de imagem e...
Unimed-BH On-line nº578
O respeito no une: vamos falar de raça e cor
A Constituição Brasileira, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Código de Ética Médica declaram o respeito às pessoas independentemente de raça, cor, nacionalidade. No entanto, para além da legislação, existe uma cultura que perpetua o preconceito e a discriminação, o chamado "racismo estrutural".
Podemos observar o racismo individual em atitudes e comportamentos preconceituosos de pessoas específicas e o racismo estrutural que está enraizado nas normas e práticas sociais que discriminam e marginalizam. Esse processo discriminatório pode dificultar a obtenção de empregos de qualidade, acesso à educação de qualidade, moradia adequada e cuidados de saúde.
Para combater o racismo é necessário um esforço coletivo que envolva a conscientização, o reconhecimento e a desconstrução de estruturas discriminatórias. Por isso, com a temática "O respeito nos une", foi estruturada uma campanha de comunicação na voz de alguns médicos cooperados, que reforça a importância do papel do médico para transformação social em questões que envolvem o racismo, o etarismo, a discriminação da mulher, o preconceito com a população LGBTQIA+ e com as pessoas com deficiência, o capacitismo.
Conheça a história da Viviane
Viviane Dias Balbino Gonzaga é médica Ginecologista e Obstetra e já vivenciou situações de preconceito ao longo de sua vida.
Médica Ginecologista e Obstetra, Viviane Dias Balbino Gonzaga já sofreu situações de discriminação por causa da sua cor. Ela relata casos de preconceito e desrespeito vividos ao longo da sua vida. "Dentro dos hospitais já vivi muitas situações, como uma vez em que fui pegar o privativo e a funcionária me disse que eu deveria pegar em outro local, direcionado para profissionais não médicos. Assim que virei as costas, ela entregou para um outro médico, homem e branco.”
Na medicina, ela fala que a população já tem em seu imaginário o perfil do médico homem e branco. No entanto, ela espera que essa realidade mude e que campanhas educacionais como essa da Unimed-BH contribuam e ampliem essa reflexão. “A pessoa negra está tendo mais acesso e isso faz toda diferença. A cor da pele não é o que determina a competência do profissional. Isso não só para a carreira médica, mas para todos os profissionais. Nós somos um povo diverso e a sociedade precisa compreender e respeitar isso”.
Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação são premissas da nossa Constituição Federal. Soma-se a isso, o Código de Ética Médica que reforça a importância do respeito à dignidade humana, sem qualquer forma de discriminação.
"O respeito nos une"
No início de maio, a Unimed-BH, com o apoio do Conselho Regional de Minas Gerais (CRM-MG), da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), da Unimed Federação Minas e da Federação Nacional das Cooperativas Médicas (Fencom), lançou um movimento pela valorização da diversidade e o combate ao assédio em um evento destinado a todos os médicos do Estado.
Os médicos que participaram da campanha representam tantas outras pessoas que são alvo de atitudes discriminatórias, algumas vezes por meio de perguntas ou comentários inapropriados, que apenas dão luz a questões culturais ainda muito enraizadas na nossa sociedade.
Para conhecer um pouco mais da história da Viviane e toda a campanha, clique aqui.
Entenda alguns conceitos
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