Cooperada leva exposição fotográfica ao Distrito Federal

No último mês de maio, o Congresso Nacional e os hospitais do Distrito Federal receberam uma exposição fotográfica muito especial em lembrança ao “Maio Furta-cor” - mês de promoção da saúde mental materna - e com o objetivo de levar informação e conscientização a parlamentares, profissionais de saúde e ao público em geral. As imagens da exposição retratam bebês prematuros e seus pais, e por trás das lentes está Gláucia Galvão, cooperada da Pediatria.

A primeira parada foi na Câmara dos Deputados e, na sequência, a exposição foi montada no Senado. Nas duas casas, cerimônias com a presença de parlamentares e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foram realizadas para chamar a atenção para a importância do cuidado neonatal e de políticas públicas que busquem a redução da prematuridade.

Abertura da exposição no Congresso Nacional

Agora, a exposição está percorrendo diversos hospitais das cidades satélites de Brasília, começando pelo Hospital Regional de Ceilândia, para sensibilizar equipes de saúde e acolher famílias que vivem situações semelhantes.

“Maio é um mês importante para a consciencialização e discussão sobre a prematuridade, em que buscamos dar visibilidade e promover reflexão sobre a identificação e prevenção de complicações durante a gravidez que podem levar ao nascimento prematuro", conta Gláucia.

Segundo a médica, o trabalho vem sendo reconhecido, mas ainda há muito a ser feito na prevenção e, também, na proteção para as famílias prematuras.

“Fotos são, muitas vezes, fragmentos fundamentais de histórias e memórias. Por meio delas, possibilitamos que famílias prematuras tenham uma nova visão desse bebê. A imagem traz poder, torna mais leve a dor de ser pai e mãe de um bebê prematuro e pode abrir um portal para a transposição do ato de cuidar”, conta a pediatra. “Quando os pais têm acesso a uma foto significativa junto ao bebê, na posição canguru, mostrando que mesmo numa unidade neonatal sua presença é fundamental, eles ganham um registro perene desse momento precioso, seu olhar, seu toque, o seu cuidado e o seu sentimento afloram a cada segundo, diminuindo a dor da prematuridade. Ao mesmo tempo, esse trabalho reforça o compromisso com a visibilidade do Método Canguru e os ganhos que ele traz para pais e bebês, principalmente, os prematuros”, completa.

Prematuridade no Brasil

A iniciativa da exposição é liderada pela ONG Prematuridade, associação nacional dedicada à prevenção do parto prematuro e à defesa dos direitos das famílias prematuras. Além das fotos, a ação apresenta dados sobre a prematuridade e informações sobre os direitos desses bebês, como o calendário vacinal diferenciado e a necessidade de acompanhamento interdisciplinar.

A exposição mostra que o Brasil ocupa o décimo lugar entre os países com maior número de nascimentos prematuros — cerca de 12% dos bebês, o que representa aproximadamente 300 mil crianças por ano. No mundo, as estatísticas indicam que um a cada dez bebês nasce prematuro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um bebê é considerado prematuro quando nasce antes de completar 37 semanas de gestação. A OMS também aponta que a prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil, além de ser a principal origem de vulnerabilidades e doenças em crianças menores de cinco anos e pode deixar sequelas que exigem cuidados permanentes, o que pode impacta tanto os sistemas de saúde quanto as famílias.

Para saber mais e conhecer o trabalho da ONG, acesse o perfil no Instagram @ongprematuridadecom.

Arte que vai além do trabalho técnico

O trabalho fotográfico realizado pela cooperada da Pediatria foi um dos premiados no Concurso de Artes Plásticas em homenagem ao Dia do Médico de 2022. Relembre aqui.