"O RESPEITO À PESSOA HUMANA É UM SÓ"
"O homossexual é sempre homossexual. Ele nasceu homossexual, não é uma escolha nossa. Até porque o Brasil não é o melhor lugar para escolher ser homossexual. Vivemos em um país preconceituoso, racista, sexista".
A declaração é da médica Érika Mendes, casada com a Kelly e mãe de dois filhos, o Daniel e a Marina. "Eu tenho 22 anos de relacionamento com a Kelly, vivemos uma vida tranquila e somos uma família igual a tantas outras. Não sou incapaz de nada, tenho a mesma capacidade profissional que todos os meus colegas de profissão".
Mas apesar da confiança pessoal e da tranquilidade familiar, ela conta que nem sempre foi assim.
“Em 1993 quando entrei para a faculdade, praticamente não existia manifestação pública sobre esse assunto por medo da opinião do outro. Eu mesma fui essa pessoa durante anos e só resolvi me manifestar quando tive o meu filho. Mas acredito que o nosso autorretrato, se constrói com respeito”.
Infelizmente, para Érika, o preconceito vivido no início da faculdade de Medicina, ainda pode ser observado atualmente.
“Não foi fácil entrar numa universidade pública e fazer um curso tão elitizado. O ciclo básico da Medicina foi um grande desafio. Mas, enquanto profissional, nunca senti preconceito em relação à minha parte técnica. O que vejo, e não é pouco na área médica, são piadinhas machistas, desrespeitosas. Ou manifestações racistas, homofóbicas, capacitistas, muitas vezes, veladas”.
Ela reforça o papel do médico como formador de opinião.
“O respeito à pessoa humana deve ser um só. Respeito é respeito. E somente com informação, com a comunicação para todos - médico, paciente, equipes assistenciais - é que iremos podemos mudar essa realidade”.
"Somos todos absolutamente iguais. O que nos difere são as oportunidades da vida e os valores que cada um recebe. A sociedade mudou, as pessoas mudaram. O que não fere a integridade do outro, diz respeito somente a nós mesmos".
Infelizmente, para Érika, o preconceito vivido no início da faculdade de Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ainda pode ser observado atualmente.
“Não foi fácil entrar numa universidade pública e fazer um curso tão elitizado. O ciclo básico da medicina foi um grande desafio. Mas, enquanto profissional, nunca senti preconceito em relação a minha parte técnica. O que vejo, e não é pouco na área médica, são piadinhas machistas, desrespeitosas. Ou manifestações racistas, homofóbicas, capacitistas, muitas vezes, veladas”.
Ela reforça, o papel do médico como formador de opinião.
“O respeito à pessoa humana deve ser um só. Respeito é respeito. E somente com informação, com a comunicação para o colega médico, para o paciente, é que podemos mudar essa realidade”.
"Somos todos absolutamente iguais. O que nos difere são as oportunidades da vida e os valores que cada um recebe. O que não fere a integralidade do outro, diz respeito somente a nós mesmos".
Saiba mais
ORIENTAÇÃO SEXUAL
É a atração emocional, afetiva e/ou sexual que uma pessoa sente em relação à outra. Existem três tipos majoritários de orientação sexual:
- Heterossexual- Pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas do sexo/gênero oposto.
- Homossexual- Pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero.
- Bissexual - Pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas de ambos os sexos/gêneros.
ATENÇÃO
Não se utiliza a expressão "opção sexual" por não se tratar de uma escolha. Por isso, o correto é dizer "orientação sexual".
Também não se utiliza a expressão "homossexualismo", pois, neste caso, o sufixo "ismo' denota doença.
A homossexualidade não é considerada como patologia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1990, quando modificou a Classificação Internacional de Doenças - CID, declarando que a "homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão".
Você sabe o que significa a sigla LGBTQIA+?
Canais de acolhimento
Qualquer tipo de preconceito é uma infração ética grave.
Dessa forma, existem canais de acolhimento e denúncia para as diversas situações.
Quando o médico for vítima de preconceito e discriminação procure acolhimento no departamento jurídico do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais pelo telefone 99302-0106.
Quando o médico for o agente da situação de preconceito ou discriminação, o acolhimento deve ser realizado no Conselho Regional de Medicina. (www.crmmg.org.br)
Se você for médico cooperado da Unimed-BH, acione também o Canal Confidencial. (canalconfidencial.com.br/unimedbh)