Em uma semana, a demanda por atendimento cresceu mais de 65% e as internações subiram 32% entre o público idoso. Cooperativa reforça importância de medidas de prevenção e cuidados com a saúde, como o uso de máscara.
Belo Horizonte e região metropolitana enfrentam um aumento expressivo nos casos de doenças respiratórias, impulsionado pela chegada do outono e pela maior circulação de vírus como influenza, COVID-19 e vírus sincicial respiratório (VSR). A Prefeitura de BH, Betim e Contagem já decretaram situação de emergência em razão do cenário.
Na Unimed-BH, no comparativo entre as semanas de 13 a 19 de abril e 20 e 26 de abril, a procura por atendimentos de urgência cresceu mais de 65% entre a população idosa. No mesmo período, as internações hospitalares dessa faixa etária aumentaram 32% na rede assistencial da Cooperativa.
Diante disso, a Cooperativa adotou medidas emergenciais para a assistência aos clientes. Entre as ações estão ampliação de leitos em parceria com hospitais da rede credenciada, a abertura de 24 novos leitos de internação no Hospital Unimed – Unidade Betim, reforço nas equipes médicas e aumento da capacidade dos Prontos Atendimentos da rede própria.
O infectologista e cooperado da Unimed-BH, Adelino Melo Freire Jr. destaca que a prevenção é fundamental para proteger os idosos de infecções respiratórias. Segundo ele, a melhor forma de proteção continua sendo o tripé: imunização, barreira física e manejo precoce.
“Em primeiro lugar, é fundamental manter o calendário vacinal atualizado: a dose anual contra influenza, o reforço semestral da vacina contra a COVID-19 para quem tem 60 anos ou mais, pelo menos uma aplicação da vacina pneumocócica conforme as indicações do programa nacional de imunizações e, quando possível, a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR)”, ressalta.
O especialista explica por que a barreira física é muito importante nesses casos. “O uso de máscaras em ambientes fechados ou com aglomerações, principalmente em serviços de saúde e no transporte coletivo, ainda é uma medida de proteção individual eficiente e de fácil acesso. É fundamental lembrar que pessoas com sintomas respiratórios também devem usar máscara nos primeiros dias de infecção para diminuir a transmissão do vírus”, declara.
Por fim, ele fala sobre o manejo precoce. “Principalmente entre idosos e pessoas com comorbidades, é importante buscar atendimento médico ao surgirem sintomas como febre, dores no corpo, tosse ou falta de ar. O ideal é buscar uma avaliação por teleatendimento, para avaliação médica sem expor o idoso a ambientes com possibilidades de contaminação".
Atenção redobrada
A médica geriatra e cooperada Bárbara Correa reforça que, por apresentar condições pré-existentes como hipertensão e diabetes, o público idoso tem maior propensão a complicações decorrentes de infecções respiratórias. “Os idosos compõem um grupo mais vulnerável, especialmente por apresentarem, em geral, um número maior de comorbidades — doenças que costumam agravar quadros infecciosos. Com o envelhecimento, há também uma queda natural na eficiência do sistema imunológico, o que aumenta a prevalência de infecções nessa faixa etária”, explica.
Confira as principais recomendações da Unimed-BH para a prevenção de doenças respiratórias:
Confira a repercussão na imprensa sobre o aumento dos casos de doenças respiratórias na região metropolitana de Belo Horizonte:
Belo Horizonte decreta situação de emergência. Leia matéria aqui.
Contagem decreta emergência em saúde pública. Leia matéria aqui.
Betim decreta situação de emergência em saúde pública. Leia matéria aqui.