A sífilis segue como prioridade de saúde no país. Publicado em 17 de Outubro de 2025, o Boletim Epidemiológico de Sífilis 2025 do Ministério da Saúde traz, como pontos de atenção, fortalecer a prevenção, o diagnóstico e o tratamento dessa IST nos serviços de saúde. 
Confira como está o cenário atual e relembre as orientações para diagnóstico, tratamento e notificação dos casos na Unimed-BH. 
Panorama nacional (dados de 2024) 
- Sífilis adquirida: 256.830 casos; taxa de detecção de 120,8/100 mil hab.  
- Sífilis em gestantes: 89.724 casos; 35,4/1.000 nascidos vivos (NV).  
- Sífilis congênita: 24.443 casos (9,6/1.000 NV) e 183 óbitos (7,2/100.000 NV). 
 
 
 
Qualidade do cuidado no pré-natal e no parto 
- Em 2024, 91,3% das gestantes receberam a prescrição de pelo menos uma dose de penicilina G benzatina; 84,4% tiveram prescrição adequada para a forma clínica. Ainda assim, 6,3% ficaram sem tratamento adequado (outro esquema ou não prescrito).  
- Atenção à parceria sexual: apenas 34,6% dos parceiros das gestantes foram tratados. Esse é um ponto crítico para evitar reinfecção e transmissão, que merece cuidado e orientação especial. 
- Momento do diagnóstico: 69,2% das gestantes foram identificadas no 1º/2º trimestre, mas 27,4% só no 3º trimestre/parto, perdendo-se oportunidade de prevenção da sífilis congênita.  
Transmissão vertical
- O percentual de sífilis congênita em relação à sífilis em gestantes foi 27,2% no Brasil em 2024 (Indicador do Programa de Qualificação de Ações de Vigilância em Saúde -PQA-VS). 
 
 
Cenário Unimed-BH 
Nas maternidades Grajaú e Hospital de Betim, no ano de 2024 foram realizados 5.979 Testes Rápidos de Sífilis, com positividade de 1,64%. No ano de 2025, considerando de janeiro a setembro, foram realizados 6.169 exames com positividade de 2,85%. 
Nas Unidades Assistenciais Próprias, no ano de 2024 foram liberados 12.041 exames de VDRL, com positividade de 7,86%. No ano de 2025, considerando de janeiro a setembro, foram liberados 10.171 exames com positividade de 8,71%. 
Medidas importantes 
- Rastrear rotineiramente no pré-natal (1ª consulta) e repetir no 3º trimestre e no parto, usando teste treponêmico preferencialmente como porta de entrada. 
- Tratar com penicilina G benzatina conforme estágio clínico e até 30 dias antes do parto; registrar esquemas corretamente no prontuário e na notificação.
- Tratar o(a) parceiro(a) sexual e reforçar o uso de preservativos para prevenir reinfecção.  
- Notificar todos os casos (adquirida, gestante e congênita) no Sinan para qualificar a vigilância e o cuidado.  
- Na criança exposta: realizar teste não treponêmico no sangue periférico de todos os RN de mães com teste reagente no parto; indicar LCR e radiologia de ossos longos conforme PCDTIST.  
- A Unimed-BH tem atuado para que os exames sejam feitos durante o pré-natal, possibilitando a realização do tratamento adequado. Para isso, é importante a atenção e o apoio de todos os médicos cooperados. 
É importante reforçar que a sífilis congênita é evitável. O diagnóstico precoce, o uso da penicilina no tempo e dose corretos e tratamento do (a) parceiro (a) são os três pilares que mais reduzem casos e óbitos. 
A Unimed-BH publicou em seu canal do Youtube um vídeo com orientações para nosso clientes a respeito da doença. Confira a mensagem:
 
Próximos passos:
- Protocolo de sífilis para os cooperados: material está sendo elaborado pelo NATS Unimed-BH e será submetido à consulta pública para avaliação dos cooperados no início de novembro.
- Capacitação para os cooperados em formato de videocast: será gravado em parceria com a Faculdade Unimed em três módulos: Sífilis em adulto, sífilis em gestante e sífilis congênita.