Toda revolução tecnológica muda a regra do jogo

O segundo painel do Encontro de Cooperados 2024 trouxe a discussão Tendências tecnológicas: como aliar tecnologia e propósito na era da inteligência artificial? e contou com as contribuições de Martha Gabriel e Frederico Andrade.

Martha demonstrou os diferentes usos cotidianos nos quais a inteligência artificial pode ser aplicada, como na criação e edição de fotos e dublagem de vídeos. A estudiosa buscou mostrar a importância das pessoas se adequarem ao novo ambiente profissional, onde saber usar a IA a seu favor é fundamental para a competitividade.

“Toda revolução tecnológica muda a regra do jogo. A tecnologia afeta o resultado daquilo que fazemos e, se você não usar, você não consegue competir. Se você souber usar a tecnologia, você consegue superar muitas pessoas. Podemos dizer que uma pessoa mediana utilizando a tecnologia correta se torna melhor do que o maior expert que não usa tecnologia. Isso vale para vendas, engenharia, medicina, qualquer área”, declarou Martha.

Para a palestrante, a inteligência artificial será complementar à inteligência humana, que continua sendo autônoma, com liberdade de pensamento e de sentido, tendo a emoção como experiência capaz de gerar decisões, enquanto a IA vem para automatizar.

Inteligência híbrida

Frederico falou sobre as tendências de IA na saúde. Para ele, hoje a inteligência mais valiosa não é a inteligência artificial nem a humana, mas a inteligência híbrida. “É muito importante reconhecer que são inteligências de naturezas diferentes para avaliarmos como elas podem ser complementares”, pontuou.

O palestrante defende que, para o profissional de saúde, a IA será uma importante ferramenta de produtividade. “A inteligência artificial se revela uma ferramenta de redução de carga cognitiva. Quando você utiliza o ChatGPT como um sistema de suporte à precisão clínica, enviando a história, a anamnese do paciente e quais são as possíveis hipóteses diagnósticas, você está reduzindo a carga cognitiva de talvez ter que estudar tudo aquilo”, exemplificou.

Sob a ótica do paciente, Frederico defendeu o uso das inteligências artificiais para a gestão da própria saúde, como uma ferramenta de empoderamento. Com a ajuda de algumas ferramentas, o paciente consegue atuar melhor na prevenção primária, por exemplo.

Por fim, para a saúde como um todo, Frederico vê importantes aplicações na coleta e análise de dados com reconhecimento de padrão. Segundo ele, alguns testes mostram que as IA são mais eficientes na tomada de decisões quando se tem muita informação. “Com uma análise eficiente, conseguimos individualizar o processo de navegação do paciente dentro de um sistema que já tem múltiplas ofertas”, elucidou.

Ao final das apresentações, Martha e Frederico responderam a algumas perguntas da plateia, complementando as discussões levantadas.