No dia 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde declarou a Mpox – anteriormente chamada de varíola dos macacos – como emergência de saúde pública global.
A preocupação neste momento é com a rápida propagação da nova variante da doença, a Cepa 1b, encontrada no continente africano e mais concentrada na República Democrática do Congo.
O cenário epidemiológico da Mpox no Brasil não apresentou mudança e, até o momento, não há casos de transmissão pela nova variante. No entanto, devido ao alerta emitido pela OMS, a vigilância da doença é uma prioridade.
O que é?
A Mpox é uma doença causada pelo MPXV, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos ocorre principalmente por meio do contato próximo e prolongado, como abraços, beijos ou relação sexual com pessoas infectadas que apresentam lesões na pele, erupções cutâneas, bolhas, crostas, fluidos corporais, secreções e sangue. O compartilhamento de objetos recentemente contaminados com fluidos ou materiais de lesões infectantes também podem transmitir a doença.
Quais são os sintomas?
Os sintomas são erupções cutâneas ou lesões de pele, febre, ínguas, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. Esses sintomas podem ser percebidos no período de 3 a 21 dias após o contato com o vírus. As erupções podem ocorrer na face, boca, tronco, mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo, incluindo as regiões genital e anal. Elas podem ser levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado e, algumas vezes, formando crostas que secam e caem. O número de lesões de pele varia, e a área afetada limita-se às regiões que entram em contato com as lesões responsáveis pela transmissão. A transmissão da Mpox ocorre desde o surgimento dos primeiros sinais e sintomas até que todas as lesões na pele tenham cicatrizado completamente.
Tratamento e prevenção
Não há tratamento específico para a infecção pelo vírus da Mpox. A terapia consiste em suporte clínico para alívio de sintomas, prevenir, tratar complicações e evitar sequelas.
Quanto a prevenção, deve-se evitar contato com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Se o contato é realmente necessário, como é o caso de cuidadores, profissionais da saúde, familiares próximos, deve-se utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Existe vacina para a doença?
Sim, mas ela não está prevista, neste momento, como estratégia mais eficiente para conter a doença. A vacina tem disponibilidade limitada, devido ao alto grau de complexidade de produção do medicamento, o que dificulta a aquisição do imunizante em todo o mundo.
Para saber mais acesse: Mpox: informe-se sobre a doença em fontes oficiais e saiba as ações realizadas pelo Ministério da Saúde até o momento — Ministério da Saúde (www.gov.br)