O Ministério da Saúde instalou uma Sala de Situação para monitorar os casos de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica e coordenar as medidas a serem adotadas. Até o dia 01/10, o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) recebeu a notificação de 43 casos por esse tipo de intoxicação no país, sendo 39 em São Paulo (10 confirmados e 29 em investigação) e 4 casos em investigação em Pernambuco. Foi confirmado um óbito em São Paulo, enquanto outros sete seguem em investigação (cinco em SP e dois em PE).
Diferente dos registros anteriores, em que geralmente envolviam indivíduos de extrema vulnerabilidade social ou em situação de rua, expostas à ingestão de álcool adulterado com metanol em postos de gasolina, os casos atuais estão ocorrendo em indivíduos com relato de consumo de bebidas destiladas em estabelecimentos formais, inclusive em garrafas lacradas.
Sobre a intoxicação por metanol
O metanol é um solvente altamente tóxico, utilizado em produtos industriais. A toxicidade decorre da biotransformação hepática em formaldeído e ácido fórmico, que têm o potencial de causar quadros graves, podendo levar à cegueira e morte.
Sintomas principais
Nos casos de ingestão em grandes quantidades, pode ser necessário realizar hemodiálise como parte do tratamento.
Diante da identificação de casos suspeitos, as Unidades de Saúde, especialmente da rede de urgência e emergência, devem:
É fundamental identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento. O atraso no atendimento aumenta significativamente o risco de complicações graves e morte.
Confira a Nota Técnica da Prefeitura de Belo Horizonte.