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Unimed-BH-On-line nº650

Drauzio Varella convida médicos a olharem para si: saúde, propósito e bem-estar

Drauzio Varella abriu a programação da tarde do 20º Encontro de Cooperados com a palestra Longevidade e equilíbrio: o médico também precisa cuidar de si, no espaço Conexão. Em uma conversa franca sobre limites, vulnerabilidades e caminhos para o cuidado integral do profissional de saúde, reforçou que o médico precisa cuidar de si para ampliar sua capacidade de cuidar do outro com presença, empatia e excelência. “A nossa profissão existe para aliviar o sofrimento humano – não para curar, mas para cuidar – e precisamos estar em boas condições de saúde para isso”, ponderou.

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Segundo Drauzio, a medicina já impõe uma carga exaustiva e pressão constante, agravadas pelo imediatismo das tecnologias de comunicação, que intensificam o estresse e a sobrecarga mental. Por isso, ele defende que os médicos priorizem a saúde física e mental. Um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas, é essencial para a longevidade. A disciplina, segundo ele, é fundamental para sustentar essa mudança.

Drauzio compartilhou que encontrou na corrida uma forma de lidar com a ansiedade e buscar equilíbrio. “Sou muito ansioso, então sair correndo foi uma maneira de enfrentar a sobrecarga e cuidar da saúde”, contou. Reconheceu, no entanto, que iniciar uma rotina de exercícios não é fácil, pois o corpo tende a resistir. “Se vocês estão esperando disposição para começar, esqueçam. Ela não virá. Nunca acordei pensando ‘que bom que eu vou correr’. O exercício físico é contra a natureza humana. Qual é o animal que desperdiça energia?”, brincou.

Medicina como propósito

Drauzio também refletiu sobre os desafios da prática médica e destacou que a medicina deve ser vivida como propósito para que o profissional consiga lidar com as exigências da carreira de forma equilibrada. “A medicina exige dedicação e muitas renúncias. Só faz sentido se você realmente gosta do que faz. É pela nossa sabedoria que alguém é curado, tem uma morte digna ou sofre menos. Nenhuma outra profissão oferece esse nível de realização”, afirmou.

Encerrando sua fala, Drauzio destacou que a medicina é ciência e arte. “Mas o que é a arte da medicina? É adaptar o conhecimento à realidade do paciente”, explicou. Como exemplo, citou o cuidado com pacientes terminais, em que o papel do médico é acolher e transmitir tranquilidade. “E isso só é possível quando estamos bem.

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