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Unimed-BH Online nº639

Ciclo de Debates reúne cooperados em jornada de aprendizado e construção coletiva

A primeira edição do Ciclo de Debates da Unimed-BH reuniu 137 cooperados, na última terça-feira (5/8), para discutir temas estratégicos para a Cooperativa. O evento, marcado por trocas e reflexões, reafirmou o compromisso da cooperativa com a participação ativa dos cooperados, o compartilhamento de conhecimento e o fortalecimento do negócio.

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Após as boas-vindas do diretor-presidente da Cooperativa, Frederico Peret, o diretor de Mercado, Garibalde Mortoza, fez a apresentação de abertura. Ele detalhou as diferenças dos modelos de empresas acionárias e cooperativas, destacou as diferentes formas de remuneração aos cooperados no curto, médio e longo prazo e como as decisões sobre o gasto de recursos, seja no âmbito da cooperativa ou na atuação de cada médico, impactam na sinistralidade, aumentando ou reduzindo os ganhos coletivos. 

"O cenário complexo do setor de saúde também se aplica à Unimed-BH. Se quisermos nos manter competitivos, é preciso estarmos sempre atentos à concorrência, uma vez que ela baliza os limites de preços e mercado, e buscarmos, em conjunto, contribuir para mantermos um equilíbrio entre acesso, qualidade e custo assistencial. E isso está nas mãos de cada cooperado", afirma o diretor. 

Já o convidado da noite foi Anderson Mendes, que trouxe uma análise aprofundada sobre Mercado e Geração de Valor na Saúde Suplementar. Com ampla experiência em gestão e governança corporativa, Mendes compartilhou análises sobre os desafios e as oportunidades do setor, com destaque para o tripé Acesso, Custo e Qualidade - reforçando a importância da inovação com pertinência, da tomada de decisão consciente e da visão estratégica na construção de valor para médicos, para pacientes e para um sistema que incentive a eficiência.

Gastar mais não salva um sistema onde cada decisão beneficia o indivíduo, mas enfraquece o coletivo. Os Estados Unidos são o país que mais gasta com saúde, mas não têm os melhores indicadores, porque gasta com o que o mercado vende, e não com o que a população precisa. Hoje, o sistema de saúde é dos mais ineficientes no mercado. Ainda há muitas oportunidades de trabalhar para corrigir as distorções e para estruturarmos um sistema que incentive e valorize a eficiência e caminhe para a remuneração por performance, não apenas por volume, ressaltou Anderson.

Anderson lembrou ainda que,  na saúde suplementar, decisões que aparentam ser meramente técnicas - como o reajuste e a precificação - são, na verdade, reflexos éticos do comportamento coletivo e das decisões individuais rotineiras de clientes e médicos. Escolhas impensadas, que levem a uma alta utilização, sem pensar no impacto coletivo, podem levar à inviabilidade de negócio e até do sistema. Um dos exemplos dados pelo palestrante foi o excesso de exames solicitados em consultas, muitas vezes em repetição. O foco da preocupação com gastos costuma estar nos grandes custos individuais, terapias muito específicas, novos medicamentos etc. Então, pode-se pensar que esses exames simples trazem um impacto pequeno no resultado final da Cooperativa, quando, pelo grande volume, são eles um dos principais ofensores de custos. 

"A conta não fecha mais com volume por volume. Hoje, premia-se a quantidade, não necessariamente a resolutividade. E não se trata de fazer mais, mas de fazer melhor", aponta Anderson. 

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Anderson Mendes destacou os três pilares que sustentam o modelo de saúde, tendo a ética como balizador. 

 

Confira o depoimento de quem participou do evento

“Acho que a ideia do Ciclo de Debates é muito importante porque a cooperativa só funciona se tiver um engajamento do cooperado. Para esse engajamento acontecer, a gente precisa discutir temas pertinentes, conversar, enxergar, dentro desse cenário difícil que a gente está vivendo, o que a gente pode fazer para participar, para melhorar cada vez mais a atenção ao paciente e para fortalecer a cooperativa. Tivemos uma noite muito agradável tratando, como o próprio Anderson falou, da vida como ela é. E é dentro dessa realidade que a gente precisa conversar, para a sustentabilidade da nossa cooperativa”, Bruno Naves, cooperado da Angiologia e Cirurgia Vascular.

Achei muito boa essa palestra, uma visão interessante de uma pessoa que realmente entende do setor. O que vai ser o futuro nos planos de saúde? A gente precisa pensar sobre isso, porque hoje não temos uma boa noção do que o nosso ato simples, de pedir um exame, pode gerar lá na frente. O médico está no consultório, preocupado com a sua rotina de atendimento, mas existe essa outra visão aí do negócio do qual ele é parte, que também é fundamental”, Fernanda Vasconcelos, cooperada da Mastologia.

"Acredito que esses encontros aproximam a diretoria do cooperado e isso é importante para nós. Especificamente do tema da conversa, trazer essa questão de custo, de gasto, de acesso, de judicialização – temas que não fazem parte da rotina do médico que atua na assistência – nos ajuda a ter contato com essa realidade e contribui para diversificar o conhecimento. Apoio a iniciativa e espero que tenhamos mais oportunidades de realizar eventos como esse”, Rodrigo Abdo, cooperado da Urologia.



Sobre o evento

O Ciclo de Debates integra a Jornada do Cooperado e celebra os 20 anos do Encontro de Cooperados, reforçando o compromisso da Unimed-BH com a formação contínua e o protagonismo médico no negócio.

A programação segue nos próximos meses com nomes de peso: em 9 de setembro, o médico Marcelo Alvarenga abordará a experiência do paciente, e no dia 6 de outubro, o filósofo Clóvis de Barros Filho trará reflexões sobre ética na prática médica.

Para quem quiser assistir ou rever o primeiro debate, a gravação estará disponível em breve na plataforma Saber Sempre. 

 

Veja também a galeria de fotos do 1º Encontro de Ciclo de Debates

 

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